sábado, 30 de dezembro de 2017
sexta-feira, 29 de dezembro de 2017
domingo, 24 de dezembro de 2017
Dayane tinha dezesseis anos. Pra mim, ela tinha vinte ou trinta. Era alta, enorme. Era irmã da minha vizinha. Um dia, me lembro dela ouvir uma música tão alta, mais alta que ela. O namorado havia largado. Seria normal, talvez. Dayane era ruiva, mas naquela luz antiga - lâmpadas redondas de tungstênio - ela ficava loira, talvez castanha. Ela chorava e dizia que iria embora. Eu nunca soube pra onde. A música alta - tão ou mais alta do que ela -, cantava, infinitamente, que era amanhã, e que faltavam alguns dias para o fim do mês.
Eu vivi esse passado com ela por muito tempo.
Eu vivi esse passado com ela por muito tempo.
sábado, 23 de dezembro de 2017
quarta-feira, 20 de dezembro de 2017
domingo, 17 de dezembro de 2017
domingo, 10 de dezembro de 2017
sábado, 9 de dezembro de 2017
sexta-feira, 8 de dezembro de 2017
Eu já estava no dia do meu casamento, e as pessoas vinham chegando... e aquilo me irritava profundamente.
Eu estava com aquele vestido branco enorme nas mãos, com a roupa do corpo, e ninguém me ajudava a fazer nada, a absolutamente nada. As pessoas vinham me dar parabéns, mas eu queria ignorá-las, pois ninguém me ajudava a fazer nada. Meu deus, nada!
A cerimônia foi começando - dentro da casa antiga onde eu estava -, e eu olhava ao redor e todos pareciam preocupados em desempenhar o seu papel; eu continuava atônita e ia vendo as pessoas chegando, sentando. Eu não via o padre, não o via claramente, mas notava a presença de um cerimonialista no lugar. Aquilo parecia um casamento protestante.
Eu saia, então, do local, ainda sem estar sequer vestida direito, as pessoas já esperando que eu entrasse, e foi quando comecei a gritar que não tinha como ter casamento, não estava nem vestida, e que ninguém sequer prestava atenção nisso.
Foi quando vi você, correndo, estava não sabia onde, e enquanto eu falava que não ia mesmo ter casamento, e uma horda de mulheres vinham pra cima de mim falando sem parar, você saiu do meio de todos e foi sentar num banco feito de árvores, no quintal. E nessa hora eu te amei tanto, mas tanto, que eu queria ter te feito entender que não precisava nada daquilo: aquela cerimônia, aquelas pessoas que eu não conhecia, aquele cerimonialista que era uma sombra de uma religião morta...porque eu te amava há muito tempo, antes de tudo aquilo, antes da cruz, do ferro e do fogo que habitavam em mim, e eu não podia te perder assim, eu não podia querer que a gente morresse ali. Então eu te chamava por entre os vultos das pessoas, você vinha, chorando, e eu te contava que, naquele dia, havia sonhado que estava no dia do meu casamento, e as pessoas vinham chegando...
Eu estava com aquele vestido branco enorme nas mãos, com a roupa do corpo, e ninguém me ajudava a fazer nada, a absolutamente nada. As pessoas vinham me dar parabéns, mas eu queria ignorá-las, pois ninguém me ajudava a fazer nada. Meu deus, nada!
A cerimônia foi começando - dentro da casa antiga onde eu estava -, e eu olhava ao redor e todos pareciam preocupados em desempenhar o seu papel; eu continuava atônita e ia vendo as pessoas chegando, sentando. Eu não via o padre, não o via claramente, mas notava a presença de um cerimonialista no lugar. Aquilo parecia um casamento protestante.
Eu saia, então, do local, ainda sem estar sequer vestida direito, as pessoas já esperando que eu entrasse, e foi quando comecei a gritar que não tinha como ter casamento, não estava nem vestida, e que ninguém sequer prestava atenção nisso.
Foi quando vi você, correndo, estava não sabia onde, e enquanto eu falava que não ia mesmo ter casamento, e uma horda de mulheres vinham pra cima de mim falando sem parar, você saiu do meio de todos e foi sentar num banco feito de árvores, no quintal. E nessa hora eu te amei tanto, mas tanto, que eu queria ter te feito entender que não precisava nada daquilo: aquela cerimônia, aquelas pessoas que eu não conhecia, aquele cerimonialista que era uma sombra de uma religião morta...porque eu te amava há muito tempo, antes de tudo aquilo, antes da cruz, do ferro e do fogo que habitavam em mim, e eu não podia te perder assim, eu não podia querer que a gente morresse ali. Então eu te chamava por entre os vultos das pessoas, você vinha, chorando, e eu te contava que, naquele dia, havia sonhado que estava no dia do meu casamento, e as pessoas vinham chegando...
quinta-feira, 7 de dezembro de 2017
terça-feira, 5 de dezembro de 2017
Ah, eu dormi meio mal, com a luz acessa e a roupa que estava antes. Eu estava muito cansada e meio que acordava e dormia tudo junto. Aliás, percebi que ficava meio no modo Rem do sono, e via a luz acessa do quarto, mas não conseguia levantar de tanto cansasso. E no sonho essa luz ficava incomodando, aparecendo nos lugares, e tal. Aí, eu estava num dos lugares que vivo sonhando - que existe, é uma rua de rio claro -, e lá eu ia fazer coisas banais, comprar coisas no mercado. E a rua estava como que destruída pela guerra, tudo amontoado, as casas destruídas, e umas pessoas que ficavam meio que vagando por lá. Tinham só 3 lugares pra comprar coisas e eram dois mercados e uma padaria, e os três lugares tinham um luz muito forte iluminando. E tudo era muito sujo e desarrumado. Então, eu encontrava o Alexandre, um amigo muito antigo meu, que falei sobre você no ano passado. Ele me encontrava dentro de um dos mercados e me levava pra um dos corredores onde tinham vários quadros. Aí, ele me dizia: "esse cara que vc está ficando é o filho do homem, de magritte." E mostrava o quadro.
Depois eu tentava rasgar o quadro pra tirar aquela maçã do rosto da figura, pra ver se era vc mesmo, e quanto mais eu rasgava a mesma parte do rosto, mais o quadro ia ganhando profundidade na pintura, e mais pesado o quadro ficava. Aí, o Alexandre falava que os quadros não eram espelhos, pq eles tinham vida própria.
Depois eu tentava rasgar o quadro pra tirar aquela maçã do rosto da figura, pra ver se era vc mesmo, e quanto mais eu rasgava a mesma parte do rosto, mais o quadro ia ganhando profundidade na pintura, e mais pesado o quadro ficava. Aí, o Alexandre falava que os quadros não eram espelhos, pq eles tinham vida própria.
segunda-feira, 4 de dezembro de 2017
domingo, 3 de dezembro de 2017
sábado, 2 de dezembro de 2017
Assinar:
Postagens (Atom)