domingo, 28 de outubro de 2018
Os porquês me deixaram aqui sozinha. Naquela época, quando os conheci, eu dormia numa caminha de lençol branco, pequena. As vírgulas inexistem, parece. Quando as acho, tento colocá-las no lugar certo, mas insistem em pular casas. As palavras... Ah, essas riem de mim há muito tempo. Tanto tempo que dá até gastura de pensar.
sábado, 27 de outubro de 2018
quarta-feira, 24 de outubro de 2018
Quando você, na sua ida eterna para o inferno, para diante de sua porta, a primeira coisa que você escuta é o silêncio. E não é o silêncio humano, da falta de palavras. É o silêncio que você ouviu quando uma bomba atômica devastou um local perdido na sua imaginação. É o som do nada; você ouve a sombra do terror.
Quando as portas se abrem, e seus pés tocam o chão, você ouve todos os sons que já ouviu na vida. Repetidamente. Em todos os tons que você possa imaginar. E tomado pela morte, você irá chorar - porque nós sempre choramos.
À partir daí, não há mais nada que você possa fazer para que isso pare.
Quando as portas se abrem, e seus pés tocam o chão, você ouve todos os sons que já ouviu na vida. Repetidamente. Em todos os tons que você possa imaginar. E tomado pela morte, você irá chorar - porque nós sempre choramos.
À partir daí, não há mais nada que você possa fazer para que isso pare.
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