terça-feira, 28 de maio de 2013

tocar nas palavras
driblar a preguicite e as falsas manias, voltar a luzir naquela linda quarta-feira de paulo josé com tim burton de biquini, você caminha escutando a chuva , a música invade os delírios sonequinhas

eu queria que alguém como você me amasse.

domingo, 12 de maio de 2013

''Eu havia rezado para que se tirassem as paredes brancas da minha imaginação, há muito tempo esquecidas. Não há como. Elas insistem em estar em todos os cômodos da casa. Eu procurava ao redor como entender, eu sequer ouvia o que se passava lá fora. Eu usava os tempos verbais pra ir mais rápido. Hoje eles só me fazem lembrar.''
Isso vai diminuindo, até você dormir. Vai comendo todo o lado das sombras e depois te deixa. É sempre assim. Em casos extremos, virgulas e pontuação correta te salvam do possível mau entendimento, somente.
''Devia ser poeta, mas não é. Sempre morre no final das frases, come o sentido inverso das palavras, anda de trás pra frente no sentidos, demora nas páginas em branco, chora pelo inverno errado. Quando nasceu, chorou pra dentro, acho que ninguém notou. Mesmo com a dor, mesmo com a dor.''
''Eu devia rasgar o passado. Não posso. Eu devia ser criança. Não posso. Eu devia ser engraçado. Não consigo. É sempre a mesma coisa dentro da minha cabeça: aquela mesma memória, a mesma palavra, a mesma de coração perdido, o mesmo choro, a mesma calçada, a mesma palavra novamente, o mesmo som calado.''
''Eu devia me lembrar que não tenho mais idade pra isso. Mas não era o caso. Nunca foi. Nem as frases de efeito com as lembranças inseridas afastaram dela o que é inevitável: ele nunca iria se lembrar, exatamente porque aquilo nunca havia acontecido.''