sexta-feira, 14 de abril de 2017

Quando a mulher perde, dentro dela, a figura da virgem Maria, ela morre. Morre porque o único sentimento que sobrou, é o amor infértil; e mesmo à partir desse amor, esse amor desviado de sua função, ela não deixa de gerar filhos. Mas os únicos filhos que ela vai conhecer são o aborto e a violência: o aborto do seu próprio sangue e a violência do outro sobre ela. Porque a única coisa que sobrou foi essa morte, esse vazio, que ela insiste em chamar de liberdade.