domingo, 17 de maio de 2009

Era o contrário.

Ela se encostou, ajoelhada no chão, com os braços e a cabeça jogadas na cama. Ficou por um tempo com suas mãos puxando sua camisa, o cós da calça e qualquer coisa que estivesse ao seu alcançe como uma parte do lençol e o bolso esquerdo dele. Depois levantou-se um pouco, acotovelou-se e cobriu o rosto com uma das mãos. As coisas pra mim, eu digo, estão sempre agrupadas à esquerda, eu não sei como alguma outra pessoa percebe as coisas ao seu redor, mas toda aquela expressão, aquela mão malandrinha, os seios... eu foderia aquela mulher, a jogaria na cama, rasgaria a roupa imbecil aos olhos e a comeria com todo bom senso que meu tesão estava pedindo. Iria. Iria...

- Você já foi julgado por ser realmente você mesmo? - Disse ela saindo do transe.

Ele resolveu fechar os olhos.